CORDAS, VOLTAS E NÓS
Principais termos utilizados no manuseio com Cordas.
- Aduchar – trata-se do acondicionamento de uma corda, visando seu pronto emprego.
- Corda – conjunto de cordões produzidos com fibras naturais ou sintéticas, torcidos ou trançados entre si.
- Corda Guia – Corda utilizada para direcionar os içamentos ou descidas de pessoas, objetos ou equipamentos.
- Carga de Ruptura – exprime a tensão mínima necessária para romper uma Corda.
- Carga de Segurança de Trabalho – corresponde a 20% da carga de ruptura. É o esforço a que uma corda poderá ser submetida, considerando-se o coeficiente de segurança 5. Carga máxima a que se deve submeter uma corda.
- Corda de Sustentação – Corda principal onde se realiza um trabalho.
- Coçado – Corda ferida, puída em conseqüência de atrito.
- Laçada – forma pela qual se prende temporariamente uma corda, podendo ser desfeita facilmente.
- Nó – entrelaçamento das partes de uma ou mais cordas, formando uma massa uniforme.
- Peso – relação entre quantidade de quilos (Kg) por metro (m) de uma corda.
- Tesar – esticar uma corda, ato de aplicar tensão a corda
Principais partes de uma corda.
- Alça – é uma volta ou curva em forma de “U” realizada em uma corda.
- Corda – conjunto de cordões produzidos com fibras naturais ou sintéticas, torcidos ou trançados entre si.
- Chicote – extremos livres de uma corda, nos quais normalmente se realiza uma falcaça.
- Falcaça – arremate realizado no extremo de uma corda, para que a mesma não desacoche. É a união dos cordões dos chicotes da corda por meio de um fio, a fim de evitar o seu destorcimento. Nas cordas de fibra sintética pode ser feita queimando-se as extremidades dos chicotes.
- Seio ou Anel – volta em que as partes de uma mesma corda se cruzam.
- Vivo ou Firme – é a parte localizada entre o chicote e a extremidade fixa da corda.
Constituição das Cordas
Tipos de Cordas
NÓS E VOLTAS
Cordas de Fibra de Origem Natural As fibras de origem natural mais utilizadas no fabrico de cordas são: manilha, sisal, juta, algodão e cânhamo. Geralmente as cordas de fibra natural levam o nome da planta da qual a fibra foi obtida. Com o objetivo de aumentar a durabilidade da corda, são impregnadas com óleo durante sua manufatura, o que lhes confere um aumento de 10% no peso | Cordas de Fibra de Origem Sintética As fibras sintéticas mais utilizadas na confecção de Cordas são: poliéster, poliamida, polietileno e o polipropileno, polímeros derivados de petróleo. as cordas de fibra sintética, quando comparadas as cordas de fibra natural de mesmo diâmetro, apresentam maior resistência, maior elasticidade e duram mais |
Torcidos as cordas torcidas, normalmente não apresentam elasticidade, sendo, portanto consideradas estáticas | Trançados as cordas trançadas, por apresentarem coeficiente variável de elasticidade, são, na maioria das vezes dinâmicas |
Meia Volta Sua principal função é servir como base ou parte de outros nós. Pode aparecer espontaneamente, se a corda for mal acondicionado, neste caso, convém desfazê-la de imediato, pois, depois de apertada, é difícil de ser desfeita |
Nó Direito Método empregado para unir duas cordas de mesmo diâmetro pelo chicote. Desfaz-se por si mesmo se as cordas apresentarem diâmetros diferentes, para sua realização, entrelaçam-se os chicotes das cordas a serem emendados e, ato continuo, entrelaçam-se os chicotes novamente, de forma que os mesmos saiam em sentidos opostos, perfazendo um nó perfeitamente simétrico |
Escota Singelo É utilizado para unir duas cordas de diâmetros diferentes pelos chicotes, faz-se uma alça com a corda de maior diâmetro, em seguida, com a corda de menor diâmetro, envolve-se a alça formada anteriormente, travando-se por baixo dele mesmo |
Escota Singelo Duplo O que difere do anterior, é que se envolve a alça com duas passadas, o que dá maior nível de segurança |
Volta do Fiel São dois cotes dados um contra o outro, de modo que o chicote e o vivo saiam por entre eles, em sentido contrário. Trata-se de um nó de fixação ou ancoragem, de fácil confecção e alta confiabilidade. De acordo com a situação específica, pode-se ter a necessidade de realiza-lo pelo seio ou pelo chicote |
Volta do Fiel pelo Chicote |
Lais de Guia Nó utilizado para formar uma alça fixa e que, portanto, não corre como um laço. Após predeterminar o tamanho da alça, faz-se um seio na corda, entra-se com o chicote por dentro do seio formado anteriormente em situação contrária à passagem do chicote pelo seio (se o seio tiver o chicote por cima, entra-se por baixo; se o seio formado tiver o chicote saindo por baixo, entra-se por cima). Feito isso, dá-se uma volta por trás do vivo da corda, entrando-se novamente no seio formado e ajustando-se o nó |
Cuidados com as Cordas
Para prolongar a vida útil de uma corda, e emprega-la em condições de segurança, deve-se seguir algumas regras básicas:
- Não friccionar a corda contra arestas vivas e superfícies abrasivas.
- Não submeter a corda a tensão desnecessária.
- Evitar o contato da corda com areia, terra, graxa e óleos.
- Evitar arrastar a corda sobre superfícies ásperas.
- Não ultrapassar a Carga de Segurança de Trabalho durante o tensionamento da corda.
- Lavar a corda após o uso, em caso de necessidade.
- Não guardar cordas úmidas. Caso necessário, seca-las na sombra, em local arejado.